quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

retorno (?)

o texto abaixo tem uma continuação, mas acho que só essa parte ja é o suficiente.

Eles por acaso se encontraram um dia, já fazia algum tempo que não se falavam pessualmente. Foram obrigados a ficar sozinhos novamente, como da primeira vez, cada casal de amigos se foi para um canto. Eles estavam sem graça. Olharam o lago e se sentaram na grama. Olharam a lua. Ambos sentiram como se estivessem na mesma cena que viveram a algum tempo atrás. Mas o clima era outro, uma tensão para que aquele momento não se repetisse de forma alguma combatendo a vontade para que ele fosse revivido. Havia uma atmosfera pesada. Então, para quebrar o gelo, começaram a falar asneiras, ela tocou num assunto que os feria, e ele falou besteiras. Novamente. Sempre a mesma mentira. Ele havia colocado a cabeça dela escorada em seu ombro e acariciava o ombro dela - como da primeira vez - e dizia que não a amava, que ela se esquecesse dessa história. Ele e seu corpo se contradiziam. Ela ficava mais confusa a cada segundo. O mesmo sentimento de toda vez que voltavam a se falar: esperança, então... Dor. Corações vazios.
- Cala a boca! - Ela disse bruscamente. Ele ficou atônito, ela o olhou com súplicas disculpas estampadas em seus olhos.
Houve silêncio.
- Só... Não fale nada. - Ela dizia com pausas longas entre cada palavra, sem o olhar. Fez então uma grande pausa, e então prosseguiu. - Você não precisa falar o que sente. As palavras mentem...

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